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Foto de um brinquedo do Super-homem

Há aqueles que se amam tanto que, muitas vezes, se esquecem dos outros... mas o que acontece quando o oposto ocorre? Há pessoas que tendem a se voltar para os outros a ponto de oferecer ajuda mesmo quando não é necessária. Como em qualquer outra coisa, na medida certa, isso é saudável. Mas o que acontece quando se é o “salvador” que talvez precise ser salvo?

Síndrome do Salvador:

Falamos sobre a Síndrome do Salvador quando uma pessoa precisa se sentir necessitada pelos demais. Essa pessoa tem uma forte tendência a procurar pessoas que precisam de apoio e é capaz de sacrificar a si mesma e suas próprias necessidades pelas dos outros.

O pensamento é que, se você ajudar os necessitados, receberá o amor e a aprovação de que precisa para ser feliz e se sentir bem. Portanto, o perigo não está em se entregar ao outro, mas que sua autoestima esteja ligada à quantidade de coisas que você faz pelos outros e ao valor que espera que os outros reconheçam.

O que muitas vezes acontece é que esse comportamento de ajuda altruísta começa a ser dado como certo. Torna-se esperado e, às vezes, deixa de receber o valor que tem. Então, quem ajuda se sente desapontado, frustrado, exausto... Em suma:

  • Aquele que está sendo ajudado assume que essa pessoa vai ajudá-lo. Por outro lado, o fato de saber que você tem alguém em quem se apoiar, faz com que você não se sinta pressionado a encontrar um caminho sozinho.
  • Aquele que ajuda acaba exausto, às vezes, e desiludido com o resultado e com as pessoas que, em determinado momento, deixam de valorizar o que recebem.

Conclusão, a equação errada. Em vez de um ganha/ganha, temos uma perda/perda.

A Síndrome do Salvador em nosso setor

Sem chegar à afirmação de que quem somos neste setor são pessoas emocionalmente dependentes da necessidade do outro, achei este um tópico a considerar. Para ter certeza de que estamos nisso pelos motivos certos e que ninguém está ultrapassando a linha, aqui estão algumas perguntas:

  • Quão disposto estou não apenas a ajudar, mas a pedir ajuda? Se você acha que pode continuar puxando o carrinho até o infinito, reconsidere. O carro você puxa até que um dia tudo começa a ruir. Antes que isso aconteça, aprenda a pedir ajuda, não apenas dá-la. Se queremos ajudar os outros, também devemos nos ajudar ou não faremos nada por ninguém.
  • Você tem medo de dizer não? Pense que, ao dizer sim a tudo, você está pagando um preço que afeta o cuidado que pode dedicar às tarefas com as quais se comprometeu, mas também ao seu próprio bem-estar. Às vezes, dizer não, em vez de fazer com que a outra pessoa o rejeite, pode fazer com que ela o respeite se entender que é pelas razões certas. Mas primeiro, você mesmo deve ser claro sobre essas razões e apostar em si mesmo também.
  • Existe uma maneira de ajudar os outros, tornando mais fácil para eles se ajudarem no futuro? Esse é um relacionamento saudável e que evitará a dependência, deles para com sua ajuda e de você para com a necessidade deles. Trabalhe não para ajudar, mas para que um dia possam encontrar um caminho.

Em suma. Temos que fazer isso pelas razões certas e antes de o fazermos, para sermos eficazes em ajudar os outros, temos que ser igualmente eficazes em ser cuidadosos e amar a nós mesmos. Como dizia E. Fromm em ´A arte de amar´: “Se um indivíduo é capaz de amar produtivamente, ele também ama a si mesmo; se ele apenas sabe como amar os outros, ele não sabe como amar de forma alguma.” O que acha?

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  • Tradução: Patricia Achilles Mendes (patyachilles1@gmail.com)

Acesse o original em espanhol aqui.

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Diretora para Ibero-América do idealist.org. Atuo na mobilização da comunidade de usuários do site em espanhol e trabalho para que Idealist.org seja o site de referência para todos aqueles que querem contribuir com sua parte para a mudança.